A solução para a crise energética das criptomoedas?
As Pessoas não gostam de responder ao censo, mas, dê-lhes uma página de perfil e elas vão gastar o dia todo te dizendo quem são — Max Barry, autor.
A criptomania está cada vez mais presente, é uma bolha que está ditando os rumos da economia mundial, oras, o PIX nada mais é do que transferir um dinheiro que "não existe" para alguém, e as transações utilizando criptomoedas são essencialmente iguais. O "Openbanking" no Brasil, países aceitando criptomoedas como alternativas ao papel e ao câmbio "original". Tudo isso começou em 2009 com o famigerado Satoshi Nakamoto. A ideia original é de 1993, vinda de um artigo que propos um algoritmo para combater spam nos emails, e isso ficou conhecido como "ProofofWork", onde basicamente você tem várias palavras criptografadas e para validar uma transação é necessário gastar horas e horas tentar quebrar aquilo (é o que chamam de "minerar").
Pulando toda a questão técnica, temos um problema com esse método. Só o Bitcoin (a cripto mais famosa), bateu o uso de 110 TWh por ano, isso é mais que alguns países como Argentina, Hungria, Nova Zelândia, entre outros. Além disso, esse método benificia quem possui o melhor equipamento para minerar. Então vários grupos de mineradores se juntam no "Mining Pool", que divide igualmente a recompensa daquela transação para todos os envolvidos, o que é completamente errado do ponto de vista da descentralização.
Em 2011, foi proposta uma nova técnica como alternativa ao PoW, o PoS (ProofofStake). Basicamente, como o ProofofWork faz com que as pessoas estejam competindo para ver quem "quebra" a criptografia mais rapidamente, o que é um gasto de recursos absurdo, o PoS escolhe aleatoriamente um nó (1 pessoa) para validar o bloco. Inclusive propõe a mudança do nome de "Mineradores" para "Validadores", e ao invés de "minerar" blocos, eles vão "cunhar" ou "forjar". O processo também não é 99% aleatório, pois para participar, o validador deve ter depositado uma certa quantidade de moedas na rede como "stake". Quando maior esse depósito de segurança, maior a chance do validador ser escolhido para forjar o bloco. Não é tão injusto se compararmos ao fato de que as pessoas ricas vão comprar equipamentos melhores no PoW e vão minerar mais rápido sempre e a relação investimento/lucro não é linear.
Além disso, se um validador aprovar transações fraudulentas, ele perde parte do seu depósito de seguro, garantindo assim que as transações validadas estão sempre corretas. Isso também impossibilita os miningpools, sendo um problema. Em uma rede descentralizada, ninguém possui o controle sobre algo, pois existem múltiplos nós tentando garantir a integridade daquilo. Se Um grupo consegue o controle de 51% da rede, estes podem começar a aprovar transações maliciosas, pois o controle é todo deles, assim descentralizar cada vez mais é importante. O PoS não é perfeito, existem algumas propostas de melhoria, como, por exemplo o "Coin age" para que nem sempre as pessoas com mais depósitos tenham vantagem nas transações, ou inclusão de backups caso o nó escolhido não esteja disponível para validar o bloco. E sim, já existem moedas utilizando essa técnica, como, Peercoin, Lisk, Nxt, Pancake, entre outras também. O Ethereum, que provavelmente é a segunda mais famosa rede/moeda do mercado, tem um sistema chamado Casper, sendo uma implementação de PoS, atualmente ativa no ETH 2.0.
Bom, sabemos que a Web3.0 possui grandes desafios, a descentralização da internet e dos dados sempre foi o foco, o DeFi (finanças descentralizadas) entrou logo em seguida, porém, a crise energética é algo que precisamos nos preocupar, e rápido.